Por: André | 02 Outubro 2014
“O objetivo último dos Estados Unidos e da OTAN é dividir (balcanizar) e pacificar (finlandizar) o maior país do mundo, a Federação Russa, e inclusive estabelecer um clima de eterna desordem (somalização) nesse vasto território ou, pelo menos, em uma porção da Rússia e do espaço pós-soviético, tal como vem sendo feito no Oriente Médio e no norte da África”, escreve Mahdi Darius Nazemroaya.
Por isso, prossegue o pesquisador associado do Centre for Research on Globalization, especializado em geopolítica e estratégia, “destroçar a União Soviética não foi suficiente para Washington e a OTAN. O fim último dos Estados Unidos é prevenir o surgimento, na Europa e a Eurásia, de qualquer alternativa capaz de desafiar a integração Euroatlântica. Por esta razão, a destruição da Rússia é um dos seus objetivos estratégicos”.
O artigo é de Mahdi Darius Nazemroaya e publicado no sítio Rebelión, 25-09-2014. A tradução é de André Langer.
Eis o artigo.
O objetivo último dos Estados Unidos e da OTAN é dividir (balcanizar) e pacificar (finlandizar) o maior país do mundo, a Federação Russa, e inclusive estabelecer um clima de eterna desordem (somalização) nesse vasto território ou, pelo menos, em uma porção da Rússia e do espaço pós-soviético, tal como vem sendo feito no Oriente Médio e no norte da África. A futura Rússia – ou as várias futuras Rússias –, uma pluralidade de Estados debilitados e divididos, que os Estados Unidos e seus aliados da OTAN veem em declínio demográfico, desindustrialização, pobreza, sem nenhuma capacidade de se defender e com recursos que estão aí para serem explorados.
O império e o seu plano de caos na Rússia
Destroçar a União Soviética não foi suficiente para Washington e a OTAN. O fim último dos Estados Unidos é prevenir o surgimento, na Europa e a Eurásia, de qualquer alternativa capaz de desafiar a integração Euroatlântica. Por esta razão, a destruição da Rússia é um dos seus objetivos estratégicos.
Os objetivos de Washington estavam vigentes e funcionando durante o conflito da Chechênia. Também estavam operantes durante a crise surgida a partir do Euro-Maidan na Ucrânia. De fato, o primeiro passo do divórcio entre a Ucrânia e a Rússia foi o catalisador da dissolução da União Soviética em seu conjunto e do fracasso de qualquer tentativa de reorganização.
O intelectual polonês-estadunidense Zbigniew Brzezinski, que foi assessor em matéria de segurança nacional do ex-presidente Jimmy Carter e um dos arquitetos da invasão soviética do Afeganistão, na realidade defendeu a destruição da Rússia mediante uma gradual desintegração e transferência de competências. Ele estipulou que “uma Rússia mais descentralizada seria menos propensa a uma mobilização imperial”. (1) Com outras palavras, se os Estados Unidos dividissem a Rússia, Moscou não estaria em condições de desafiar Washington. Neste contexto, Brzezinski dizia o seguinte: para uma pouco rígida Confederação Russa – composta pela Rússia europeia, uma república da Sibéria e outra que abarcasse o Leste Distante – seria mais fácil cultivar relações econômicas mais estreitas com a Europa, com os novos Estados da Ásia Central e com o Oriente asiático; deste modo, a Rússia aceleraria seu próprio desenvolvimento”. (2)
Estes pontos de vista não são elucubrações de uma torre de marfim acadêmica ou de think-tanks imparciais. Têm o apoio de governos e a eles aderem pessoas muito cultivadas. Na sequência, apresentamos uma reflexão sobre essas pessoas.
Os meios de comunicação estadunidenses de propriedade estatal prognosticam a balcanização da Rússia
Em 08 de setembro passado, [o jornalista ucraniano] Dmitro Sinchenko publicou um artigo sobre a divisão da Rússia. Em seu artigo, intitulado “Waiting for World War: How the World Will Change” (3), Sinchenko refere-se ao Euro-Maidan e sua organização, a iniciativa ucraniana Statesmen Movement (movimento de estadistas), que defende um nacionalismo étnico; à expansão territorial da Ucrânia à custa da maior parte dos países fronteiriços; ao reforço da Organização pela Democracia e o Desenvolvimento Econômico da GUAM (que agrupa Geórgia, Ucrânia, Azerbaijão e Moldávia), partidária dos Estados Unidos; à integração da OTAN; e ao lançamento de uma ofensiva para vencer a Rússia, como parte de seus objetivos na política exterior. (4) Uma nota à parte: a inclusão da palavra “democracia” na GUAM não deveria enganar a ninguém: a GUAM, como o prova a inclusão da república do Azerbaijão, não tem nada a ver com a democracia, mas com a tentativa de criar um contrapeso à Comunidade de Estados Independentes (CIS) liderada pela Rússia.
Sinchenko começa notando a história da expressão “Eixo do Mal”, utilizada pelos Estados Unidos para vilipendiar os seus inimigos. Fala de como, em 2002, George W. Bush cunhou a frase colocando no mesmo saco o Iraque, o Irã e a Coreia do Norte; como John Bolton ampliou o Eixo incluindo Cuba, Líbia e Síria; como Condoleezza Rice incluiu também a Bielorússia, o Zimbábue e o Myanmar (Birmânia); e termina propondo que a Rússia seja agregada à lista por ser o maior país pária do mundo. Sustenta inclusive que o Kremlin envolveu-se em todos os conflitos: Bálcãs, Cáucaso, Oriente Médio, África do Norte, Ucrânia e o sudeste da Ásia. Continua seu artigo acusando a Rússia de planejar a invasão dos Estados Bálticos, do Cáucaso, da Moldávia, da Finlândia, da Polônia e, mais ridículo ainda, dois de seus mais estreitos aliados, tanto militares como políticos: a Bielorússia e o Cazaquistão. Como já indiquei no título, Sinchenko inclusive dá a nova de que Moscou tem a intenção de provocar uma Terceira Guerra Mundial.
Esta ficção não rolou nas redes corporativas de notícias alinhadas ao governo estadunidense; também foi publicada pelos meios de comunicação de propriedade do governo. Foi veiculada pelo serviço ucraniano da Radio Free Europe/Radio Liberty, que foi uma ferramenta propagandística dos Estados Unidos na Europa e no Oriente Médio e ajudada para derrubar governos.
Causa calafrios comprovar que o artigo trata de potabilizar a possibilidade de outra guerra mundial. Ignorando repulsivamente o possível uso de armas nucleares e a terrível destruição que se precipitaria sobre a Ucrânia e o mundo, o artigo pinta enganosamente uma imagem idílica de um mundo que seria “corrigido” por uma guerra global. Fundamentalmente, a Radio Free Europe/Radio Liberty e o comentarista estão dizendo ao povo da Ucrânia: “a guerra é algo bom para vocês”. E que depois de uma guerra com a Rússia surgirá certa versão de um utópico paraíso.
Além disso, o artigo encaixa muito bem no vaticínio de Brzezinski em relação à Rússia, Ucrânia e a massa continental chamada Eurásia. Prediz a divisão da Rússia considerando que a Ucrânia faz parte de uma União Europeia ampliada, na qual também estão Geórgia, Armênia, Azerbaijão, Bielorússia, Israel, Líbano e Groenlândia (a dependência dinamarquesa na América do Norte). Também controla uma confederação de Estados do Cáucaso e do Mar Mediterrâneo, o que poderia ser a União do Mediterrâneo, que incluiria a Turquia, Síria, Egito, Líbia, Tunísia, Argélia, Marrocos e a República Árabe Democrática Saharawi (hoje ocupada pelo Marrocos), no Saara ocidental. Aqui, a Ucrânia aparece como um país membro da União Europeia. Neste sentido, a Ucrânia estaria situada em um corredor – alinhado com os Estados Unidos – formado pela França, Alemanha, Polônia e Ucrânia, ou seja, no eixo Paris-Berlim-Varsóvia-Kiev, cuja criação Brzezinski já propunha em 1997 para que Washington pudesse desafiar a Federação Russa e seus aliados da CIS. (5)
Redesenhar as fronteiras da Eurásia: o mapa estadunidense de uma Rússia dividida
Com a revisão das fronteiras da Federação Russa, o artigo da Radio Free Europe/Radio Liberty afirma que depois de uma Terceira Guerra Mundial qualquer rivalidade bipolar entre Moscou e Washington deixaria de existir. Em uma descarnada contradição, pretende que um autêntico mundo multipolar só será possível quando a Rússia for destruída, embora isto implique em que os Estados Unidos se convertam na maior potência dominante do globo e tanto Washington como a União Europeia saiam enfraquecidos em consequência da augurada guerra contra os russos.
Fonte: http://bit.ly/1xDJ8l7 |
No artigo de Sinchenko são incluídos dois mapas que mostram tanto as novas fronteiras do traçado euroasiático proposto pelo autor, assim como o traçado do mundo depois da destruição da Rússia. No entanto, nem Sinchenko nem seus dois mapas reconhecem a mudança de fronteira na península da Crimeia e representam-na fazendo parte da Ucrânia e não da Federação Russa. De oeste a leste, estas são as mudanças na geografia da Rússia:
– O oblast (*) russo de Kaliningrado será anexado pela Lituânia, Polônia ou Alemanha. De um modo ou de outro, converter-se-á em uma parte da União Europeia ampliada.
– A Karelia oriental (hoje russa) e o que é atualmente uma parte federada da república de Karelia dentro do Distrito Federal Norocidental da Rússia, junto com a cidade federada de San Petersburgo, os oblasts de Leningrado, Novgorod e dois terços do norte de oblast de Pskov e o oblast de Murmansk se segregam da Rússia para formar um país alinhado com a Finlândia. Esta zona poderá, inclusive, ser absorvida pela Finlândia para criar uma Grande Finlândia. Apesar de que o oblast do Arcanjo apareça no artigo como fazendo parte desta zona desmembrada, não está incluída no mapa (provavelmente devido a um erro de traçado).
– Os distritos administrativos sulistas de Sebezhsky, Pustoshkinsky, Nevelsky y Usvyatsky no oblast de Pskov, no Distrito Federal Norte-ocidental da Rússia, e os distritos administrativos mais ocidentais de Demidovsky, Desnogorsk, Dukhovshchinsky, Kardymovsky, Khislavichsky, Krasninsky, Monastyrshchinsky, Pochinkovsky, Roslavlsky, Rudnyansky, Shumyachsky, Smolensky, Velizhsky, Yartsevsky e Yershichsky, assim como as cidades de Smolensk e Roslavl, o oblast de Smolensk, o Distrito Federal Central da Rússia, serão anexados à Bielorrússia. Os distritos de Dorogobuzhsky, Kholm-Zhirkovsky, Safonovsky, Ugransky e Yelninsky, pertencentes ao oblast de Smolensk, aparecem no mapa ainda mais fracionados em correspondência com a nova fronteira entre a Bielorrússia e a amputada Rússia da proposta.
– O Distrito Federal do Cáucaso do Norte, que compreende as repúblicas de Ingushetia, Kabardino-Balkar, Karachay-Cherkess, Ossetia do Norte-Alania, Stavropol Krai e Chechnya é segregada da Rússia na forma de uma Federação Caucásica com influência da União Europeia.
– O Distrito Federal Sul da Rússia, constituído pela república de Adygea, o oblast de Volgorado, a república de Kalmikya, Krasnodar Krai e o oblast de Rostov, anexa-se completamente à Ucrânia; o resultado é uma fronteira comum entre a Ucrânia e a Kasjstan com a consequente expulsão da Rússia da zona – rica em combustíveis – do Mar Cáspio e a eliminação de sua fronteira com o Irã.
– A Ucrânia também anexará os oblast de Belgorod, Bryansk, Kursk y Voronezh, separando-os do distrito mais densamente povoado da Rússia, o Distrito Federal Centro.
– A Sibéria e o Leste Distante, especificamente o Distrito Federal Siberiano e o Distrito Federal do Leste Distante, são amputados da Rússia.
– O texto estabelece que toda a Sibéria e a maior parte do Leste Distante russo, dois territórios que compreendem as repúblicas de Altai y Altai Krai, o oblast de Amur, a república de Buryatia, Chukotka, o oblast Autônomo Judaico, o oblast de Irkutsk, Kamchatka Krai, o oblast de Kemerovo, Khabarovsk Krai, a república de Khakassia, Krasnoyarsk Krai, os oblast de Magadan, Novosibirsk e Omsk, Primorsky Krai, a república de Sakha, o oblast de Tomsk, a república de Tuva e Zabaykalsky Krai, todos eles convertem-se – de acordo com Sinchenko – em Estados independentes dominados pela China ou, como é o caso da Mongólia, em novos territórios da República Popular da China. Categoricamente, a Sibéria, a maior parte do Leste Distante russo e a Mongólia aparecem no mapa como território chinês. A exceção é o oblast de Sajalin.
– A Rússia perde a ilha de Sajalin (chamada em japonês de Saharin e Karafuto) e as Kuriles, constituintes todas do oblast de Sajalin. Estas ilhas são anexadas ao Japão.
Em sua página na internet, Sinchenko postou seu artigo transmitido pela Radio Free Europe/Radio Liberty alguns dias antes, no dia 02 de setembro de 2014. Os mesmos mapas, autorizados à Radio Free Europe/Radio Liberty por seu autor, estão presentes. (6) No entanto, na página pessoal de Sinchenko há outra imagem que não acrescenta nada; trata-se de uma imagem de uma Rússia engolida alegremente pelos países vizinhos. (7)
O mapa da Nova Ordem Mundial: é o novo mapa mundi depois da Terceira Guerra Mundial?
O segundo mapa corresponde ao que seria o mapa mundi após uma Terceira Guerra Mundial: está dividido em várias entidades supranacionais. A única exceção é o Japão. Este segundo mapa e as entidades supranacionais mostradas nele podem ser descritos da seguinte maneira:
– Como dissemos anteriormente, a União Europeia está ampliada e controla zonas periféricas do Cáucaso, o Sudoeste Asiático [Oriente Médio] e a África do Norte. Trata-se da concretização do Diálogo e Associação Mediterrâneos da OTAN – tanto no nível político como militar – e da Associação com o Leste da União Europeia e da Associação Euromediterrânea (a União do Mediterrâneo) – tanto no nível político como militar.
– Os Estados Unidos formam uma entidade supranacional, com base na América do Norte, que inclui Canadá, México, Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Equador, as Guianas e todo o território insular do Mar do Caribe.
– Todos os países da América do Sul que não foram engolidos pelos Estados Unidos formarão uma entidade supranacional que se chamará Brasil.
– Será criado um bloco ou entidade supranacional do Sudoeste Asiático [Oriente Médio] no qual estariam Afeganistão, Paquistão, Irã, Iraque, Jordânia, Arábia Saudita, Kuwait, Bahrein, Catar, os Emirados Árabes Unidos, Omã e o Iêmen.
– Será formado algum tipo de entidade supranacional no subcontinente indiano a partir da Índia, Sri Lanka (Ceilão), Nepal, Butão, Bangladesh, Nyanmar (Birmânia) e Tailândia.
– Haverá uma entidade supranacional na Australásia e Oceania, que incluirá Filipinas, Malásia, Singapura, Brunei, Indonésia, Timor Oriental, Nova Guiné, Nova Zelândia e as ilhas do Pacífico. Nesta entidade estará a Austrália e será dominada por Camberra.
– Afora a África do Norte, que estará controlada pela União Europeia, o resto da África será unificado em uma organização liderada pela África do Sul.
– Uma entidade supranacional da Ásia Oriental incluirá a maior parte da Federação Russa, Indochina, China, a península da Coreia, Mongólia e a Ásia Central pós-Soviética. A totalidade desta organização estará dominada pelos chineses e administrada a partir de Pequim.
Fonte: http://bit.ly/1xDJ8l7 |
Apesar de que o artigo da Radio Free Europe e os dois mapas do mundo após uma Terceira Guerra Mundial possam ser descartados por sua extravagância, é obrigatório fazer-se algumas perguntas importantes. Em primeiro lugar: onde o autor recolheu estas ideias? Por acaso foram transmitidas por algum think-tank apoiado pelos Estados Unidos e pela União Europeia? Em segundo lugar: o que a visão do autor deixa transparecer sobre uma paisagem resultante de uma Terceira Guerra Mundial?
Fundamentalmente, o autor oferece seus serviços ao esboço que Brzezinski fizera de uma Rússia dividida. O texto e os mapas até incluíram as zonas do norte da África, do Oriente Médio e do Cáucaso que a União Europeia considera como suas próprias zonas de influência. Significativamente, essas zonas estão coloridas de um azul mais suave que o azul escuro que o autor empregou para colorir a União Europeia.
Embora o artigo da Radio Free Europe possa ser descartado, ninguém deve perder de vista o fato de que o Japão continua reclamando o oblast de Sakaline e que os Estados Unidos, a União Europeia, a Turquia e a Arábia Saudita apoiaram movimentos separatistas tanto no Distrito Federal Sul como no Distrito do Cáucaso Norte da Federação Russa.
O ucranianismo
O artigo da Radio Free Europe/Radio Liberty irradia tanto ucranianismo que vale a pena deter-se brevemente nele.
Os países são construídos porque todos eles são comunidades dinâmicas que, de um modo ou de outro, se constituem e se mantêm unidos pelo coletivo de pessoas que fazem as sociedades. Neste sentido, se poderia falar de comunidades imaginadas.
Existem maquinações em jogo que desconstroem e constroem países e grupos no espaço pós-soviético e no Oriente Médio. Tanto no jargão sociológico como no antropológico, até mesmo no jargão político, estas maquinações recebem o nome de “interpretação do Grande Jogo”. Neste contexto – e falando da Ucrânia –, o ucranianismo em particular apoiou tanto a quem é contra o governo assim como os portadores de sentimentos nacionalistas anti-Rússia durante mais de 100 anos, primeiro sob a dominação de austríacos e alemães, mais tarde pelos poloneses e britânicos, e agora sob os Estados Unidos e a OTAN.
O ucranianismo é uma ideologia que procura concretizar e impor um novo imaginário coletivo ou uma falsa memória histórica entre a população, que insiste em que os ucranianos sempre foram uma nação e uma população separadas – tanto étnica como civicamente – da metrópole russa. O ucranianismo é uma projeção política que trata de negar a unidade histórica dos eslavos orientais e as raízes geográficas e o contexto histórico que estão por trás da distinção entre ucranianos e russos. Com outras palavras, o ucranianismo tenta descontextualizar e esquecer o processo que produziu a distinção entre ucranianos e russos.
* * *
A Rússia sempre ressurgiu de suas cinzas. Disto, a história é o maior testemunho. Aconteça o que tiver de acontecer, a Rússia se colocará de pé. Cada vez que os diversos povos da Rússia se uniram sob um estandarte patriótico, eles destruíram impérios. Sobreviveu a guerras e invasões catastróficas e a todos os seus inimigos. Os mapas e as fronteiras podem mudar, mas a Rússia permanecerá.
Notas do autor:
1. Zbigniew Brzezinski, The Grand Chessboard: American Primacy and Its Geo-strategic Imperatives (NYC: Basic Books, 1997), p. 202.
2. Ibid.
3. Dmytro Sinchenko, “Waiting for World War III: How the World Will Change”, Radio Free Europe/Radio Liberty, 8 de setembro de 2014.
4. “Movimento de Estadistas”, Foreign Policy Strategy: Chasing Dreams/Visions, 09 de setembro de 2014.
5. Brzezinski, The Grand Chessboard, op. cit., pp. 85-86.
6. Dmytro Sinchenko, “Waiting for World War III: How the World Will Change”, blog de Dmytro Sinchenko, 02 de setembro de 2014.
7. Ibid.
Nota do tradutor para o espanhol:
* Oblast, em russo, é uma subdivisão política das repúblicas da Federação Russa.
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Uma Terceira Guerra Mundial para redesenhar o mapa da Rússia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU